Hoje pela manhã recebi a atualização mensal do site A List Apart e, como sempre, eles trazem mais um artigo muito útil para a vida do profissional da web. Para quem trabalha como freelancer nessa área, seja como designer ou programador, as dicas dadas no artigo “A Modest Proposal” são, mais do que úteis, essenciais. Principalmente se você tem pouca experiência no ramo. Mesmo para os mais experientes, uma simplificação do método de abordagem ao cliente para orçar projetos e apresentar propostas é sempre bem vinda.
Mas as dicas não valem só para os freelancers, muitas vezes os responsáveis por apresentar propostas não são aqueles que irão realizá-las, principalmente em empresas com uma estrutura de venda separada do núcleo de desenvolvimento. Já passei por muitas situações onde a falta de informações entre essas duas equipes causou constrangimento e confusão perante o cliente. Por isso, é importante que você tenha em mente os aspectos colocados nesse artigo, seja você um vendedor ou um desenvolvedor, para que trabalhem juntos na melhor maneira de apresentar as propostas e realizar as promessas vendidas.
O autor, Nathan Peretic, aborda vários tópicos importantes nesse processo, desde o cálculo dos custos de produção, até os métodos de avaliação dos desejos do cliente, traduzindo isso para um orçamento simples e conciso, que reflita as vontades do cliente e as capacidades de sua equipe de produção. Além disso, ele também apresenta diversos links importantes e interessantes. Recomendo a leitura.
Muito tempo sem postar algo significativo neste blog. Algo que tenha realmente o propósito inicial deste blog. Por pouco, até me esqueci deste propósito.
Mas algo dentro de mim diz para que eu não desista da idéia, de manter um relato de minhas aventuras e desventuras, coisas que ocorrem em uma carreira que muitas vezes foi medida pelo tempo, não pelas realizações. Agora, depois de passar por muito mais desventuras do que qualquer outra coisa, vejo o verdadeiro propósito. Sempre coloquei aqui coisas pessoais misturadas com meu lado profissional, meu “eu” ambientalista mostrou suas caras aqui algumas vezes, meu lado piadista também, compartilhando coisas que eu achei engraçadas, com meus leitores. Não vejo mal nisso, tampouco pretendo parar de fazê-lo. Mas eis que aqui estou, novamente, escrevendo sobre minha vida pessoal. Alguns diriam que é para isso que um blog serve.
Sou obrigado a discordar, pois nunca foi o principal motivo para postar. No fundo, tinha esperança de trazer iluminação tecnológica para os menos desprovidos desse tipo de conhecimento. Não posso dizer que falhei, depois de receber um retorno tão gratificante nos artigos que publiquei, mas também não posso me dizer bem sucedido, sendo que parei de fazer isso há algum tempo.
Nunca é tarde para refazer os planos e recomeçar um projeto, por isso estou aqui. Para aqueles poucos que recebem um feed dessas mensagens diretamente em seu e-mail ou em seu feed reader, posso apenas dizer que estou de volta. Para aqueles que chegaram agora, ou apenas entram aqui esporadicamente, de pára-quedas (google) ou foram indicados por alguém, esperem pelo meu melhor.
A partir de hoje, voltamos às raizes, vou trazer a vocês artigos sobre desenvolvimento web, como lidar com a internet e o mundo virtual, observações e estudos sobre o comportamento cultural online, também conhecido como Cybercultura. Esses são meus objetivos, isso é o que eu sou, um viciado em computadores, um amante do mundo virtual, alguém que pode lhe ajudar a tirar uma dúvida ou lhe apresentar novos pontos de vista sobre as tecnologias que nos cercam.
Esse blog já passou por muitos momentos, desde divulgação do trabalho que eu fazia em empresas, como a MSI Tecnologia, tecSOFT, Verus Mídia, entre outras, até uma extensão de colunas que eu costumava escrever para outros sites. Já serviu como canal de desabafo, tutorial da vida virtual e divagações de um Web Designer. Todos esses momentos foram memoráveis e importantes, me trouxeram muitas visitas, comentários, até mesmo amigos. Por esses e outros motivos que não mudarei este aspecto de minhas publicações.
Mesmo assim, minha tendência é pensar em um recomeço, uma nova forma de fazer as coisas.
Fazem 11 anos que estou oficialmente nessa vida, trabalhando com sites, vivendo da internet, me comunicando com as pessoas através de uma tela, utilizando meus dedos, mais até do que pessoalmente. É o preço a se pagar por trabalhar nesse ramo? Acredito que não. Por muito tempo imaginei que fosse normal ter essa substituição de contato, mas hoje posso enxergar como a vida real é muito mais importante para um profissional da área. Há muito tempo atrás, havia lido em algum lugar, sobre a inspiração, que não somos capazes de ser totalmente criativos sem parar pra respirar, sentir a grama sob os pés, o vento no rosto, o barulho dos carros e pássaros, as cores do prédios e outdoors, o cheiro da chuva no asfalto e da comida caseira. São fatores necessários, que se acumulam em nossa memória e, no momento da criação, parecem vir a tona, mesmo que desfarçadamente nas entrelinhas da imaginação.
Portanto, meu caro leitor, nunca se esqueça do aspecto fundamental da criatividade: inspiração! Se chama assim por um bom motivo. Quando a pessoa inspira, ela absorve, entende, observa, para depois expirar, criar, mostrar, desenvolver.
A vida de um Web Designer não é nem um pouco diferente da vida de qualquer outro profissional, mas nosso trabalho é. Por anos me deparei com diversas situações onde a minha inspiração não tinha qualquer importância, somente meu conhecimento, então aprendi a ignorar este aspecto e simplesmente fazer meu trabalho. Isso pode “matar” a criatividade de alguém.
Se você tem esse problema em seu trabalho, se o seu chefe ou seu cliente está mais interessado no que você sabe e não no que você sente, resista, argumente, não se entregue nunca. Vivemos em mundo repleto de trabalhadores, poucos são verdadeiros criadores.
Muitas vezes comparei meu dever ao de um médico. Você não diz para um médico como quer ser tratado, que remédio deveria ser receitado, que tipo de exame deve ser realizado. Você apresenta um problema e ele resolve. No máximo, você questiona o que ele está fazendo, porque nem sempre confia totalmente no procedimento.
O designer, seja o web designer, designer de interiores, de produto ou qualquer outra variante, tem como dever resolver um problema do cliente. Isso é o significado crú de design. Mas os clientes não estão acostumados a nos apresentar um problema, eles costumam nos apresentar uma solução que nós devemos cumprir. Isso porque eles confundem também o lado pessoal com o profissional. Como um cliente que me procurou para fazer um site de vendas de artigos infantis e insistiu que eu criasse um site com o visual voltado para as crianças, quando na verdade deveria ser voltado para os pais das crianças, que são os compradores, os clientes, aqueles que vão de fato utilizar o site. Qual é o propósito de infantiziliar um site que será utilizado por adultos?
Para colocar as coisas nos seus devidos lugares, você deve se arriscar, deve contrariar. É difícil fazer isso quando sabe que uma outra pessoa fará exatamente o que eles pedirem, sem nem ao menos discutir, mas é algo que você deve fazer, faz parte da ética de um designer. Resolver os problemas do cliente é algo que está acima da vontade pessoal, sua e do próprio cliente.
Em todos esses 11 anos de profissão, aprendi que não vale a pena ceder. Para aprender isso, tive que ceder muitas vezes e por isso posso dizer que é uma vitória vazia, ganhar dinheiro para fazer um trabalho que não cumpre seu propósito. Ter uma centena de sites feitos, mas que você prefere nem ao menos divulgar em seu portfolio, não vale a pena.
Da próxima vez que for abordado por um cliente, não pergunte o que ele quer, pergunte o que ele pretende, descubra o que ele precisa realmente. Alguém que procura por um site para “divulgar seu produto com facilidade” não deveria se ater a detalhes como uma animação super pesada e colorida que ocupa metade da tela na página inicial, mas sim em quantos produtos aparecem na página inicial e ainda deixar o visitante confortável e seguro para navegar.
Um cliente que precisa melhorar a navegação dentro do site não precisa de um menu super complicado em diferentes cores, precisa reduzir a estrutura do site, criar métodos alternativos de navegação que facilitem o trabalho do usuário.
Se a necessidade é de mais visitas no site, mudar a cor de fundo não fará tanta diferença, quanto uma boa estratégia visando as redes sociais e a divulgação tática de informações através dessas redes, dando ao usuário uma opção a mais de interação com a empresa do cliente, ao invés de simplesmente colocar um banner em um site qualquer com muitos acessos.
Acima de tudo, seus clientes precisam entender que você é o médico e sabe como diagnosticar e tratar o paciente, pois estudou pra isso, vive disso e entende do que está falando.
Por isso, amigo leitor, acima de tudo, deves entender do que estás falando. Nunca tenha medo de admitir que não sabe de algo ou que não quer fazer algo. Isso te salvará de muitos problemas futuros. Não negue seu cliente na primeira oportunidade, faça de tudo para que ele entenda o papel do desenvolvedor e o papel do cliente.
Justifique suas escolhas. Se nosso papel é sermos doutores da web, não podemos prescrever receitas sem explicar o porquê. Se acha que o site do cliente deve ter um fundo azul e um logo novo, tenha um bom motivo para isso, senão nem faça. Tudo no design tem uma razão de ser, ou então, não é design.
São algumas dicas óbvias, para aqueles que já estão há algum tempo nessa vida, ou que estão cursando a faculdade, mas elas parecem menos óbvias com o decorrer dos anos, quando nos deixamos levar pelo trabalho e esquecemos da profissão. Para os novatos, estudem e nunca parem de evoluir, nunca se deixem dobrar pelos conceitos de quem nunca tocou em um HTML e acha que mexer no Photoshop se resume a um trabalho fácil de editar fotinhos.
Espero que isso ajude aqueles que como eu, por algum momento, esqueceram o porquê de começarem algo, seja uma profissão, seja um blog.
Como web designer, tive que passar por muitas experiências e acompanhar a evolução da internet nos últimos 10 anos. Nesse meio tempo, percebi diversas alterações no modo de comportamento dos usuários e dos web designers também. Chega a ser engraçado lembrar dos padrões adotados pelos sites antigamente. As pessoas utilizavam serviços de construção de site como o antigo Kit.net, ou softwares “automatizados” que ajudavam leigos a construir seus próprios sites, como o Microsoft FrontPage. Algo que era bastante comum naquela época eram os “contadores de visita”, presentes em praticamente todo site que quisesse mostrar ao mundo como ele era bem visto.
Mas o que mudou então?
Hoje em dia é considerado “brega” colocar um contador de visitas visível em seu site, mesmo porque foi uma informação que nunca interessou muito as pessoas. Faz mais diferença se muita gente visita seu site ou se seu site é bem feito? Sem contar que os contadores nunca foram informações muito confiáveis, já que é possível definir um número inicial para ser exibido (ou seja, seu site pode exibir 19.786 visitas no primeiro dia, se você quiser) e também um contador não diferencia quem visita seu site, ou porquê.
Bom pessoal, faz muito tempo que não apareço por aqui, mas vim dar notícias…
NÃO MORRI!
heheehh… isso é uma boa notícia, pelo menos pra mim. E não só estou vivo, como agora trabalho na tecSOFT, empresa que até pouco tempo atrás fazia “somente” software de automação comercial (esses de Frente de Caixa, Emissão de Nota, PAF-ECF etc…) Bom, agora que eu to aqui, outra coisa que eles fazem é site (ou web design para os íntimos). Pois bem, meu primeiro trabalho, claro que foi fazer o site da própria empresa. Bom, gostaria das opiniões de meus caros leitores, então fiquem à vontade para comentar, é simples mas é de coração xD
O estudo de branding abrange tanto o design quanto o marketing, já que o branding é a demonstração visual de tudo que abrange o serviço e o produto como marca. Nisto estão inclusos os processos de estilização e divulgação da marca, associando-a a palavras-chaves, cores e formas que reforcem os ideais da empresa
Um excelente exemplo de empresa que utiliza o Brand como técnica de marketing é o McDonald’s. Todos os produtos são marcados com o seu logo (copos, lanches, bandejas, guarda-sol), assim provocando um sentimento de unidade em toda a empresa e suas filiais e franquias.
Quando trabalhamos o processo de branding no mercado da internet, a questão é complicada, pois muitas vezes o designer precisa ou quer melhorar o aspecto da marca e do produto no site, mas deve fazer isso sem alterar a identidade visual já presente. Muitas vezes o melhor a fazer seria reconstruir ou adaptar a marca quando se faz uma renovação do site, garantindo a unidade entre o que está online e o que está visível através das fachadas, vitrines e produtos de sua empresa.
O Branding é amplamente difundido. Alguns o amam, outros o odeiam e esta é sua principal vantagem. No mundo do marketing você não pode se dar ao luxo de ser meio-bom ou mesmo meio-ruim. A principal função de uma marca é ser lembrada.
Tenha em mente a Coca-Cola. Muitos a odeiam e é uma marca conhecida em qualquer lugar do mundo, isso porque todos falam dela, bem ou mal. Claro que nosso objetivo sempre será ser bem falado, mesmo quando sabemos ser impossível agradar gregos e troianos, e todos os esforços devem ser nesta direção. Meta esta que só poderá ser atingida se o designer tiver ousadia para criar algo impactante, que é justamente o que pode gerar o efeito “ame ou odeie”, mas nunca “ame-o ou deixe-o” (podemos chamar isso de “efeito Brasil“, já que é uma frase clássica por aqui).
Como o objetivo do branding é formar uma imagem na mente do consumidor sobre os seus serviços ou seus produtos, isso facilita muitas vezes o processo de aquisição de clientela ou até mesmo a manter clientes já adeptos da marca, sempre reforçando sua memória através de pequenos lembretes. Desde um embrulho de presente logotipado, até uma caneta de brinde com a marca da empresa o importante neste processo é fazer o cliente lembrar-se constantemente da sua fonte de consumo.
Outro aspecto positivo do processo de branding é que o cliente tem uma tendência maior a confiar em marcas estabelecidas, ao invés de empresas e marcas duvidosas e que não possuam estrutura para deixar sua marca. Neste caso não importa tanto o tamanho da empresa, mas sim como ela o usa.
Em um exemplo simples, eu te pergunto: Digamos que você está no supermercado e vá comprar camisetas brancas de algodão. Você escolheria as da “Hering” ou aquela “marca genérica”, supondo que ambas tenham preços iguais?
No mundo de hoje não há como agradar a todos, você deve se preocupar então em passar a imagem da empresa, o espírito dela através de tudo que representa a marca. Tem que ser como um uniforme de futebol. Seus funcionários utilizam roupas que lembram a sua empresa, seus papéis possuem o logo da empresa, tudo que é feito em relação à empresa segue uma rígida conduta visual, tudo em nome da construção de uma marca sólida.
Estudando esses vários elementos do Branding, podemos adaptá-la ao mercado em questão (web) produzindo de forma verdadeira a vitrine de sua empresa na internet e formando na cabeça de seus consumidores uma imagem sólida. Ao invés de marcar os uniformes e os papéis da empresa, o importante é marcar as páginas, através de uma identidade visual sólida que transmita o padrão da empresa. Isso pode ser alcançado de diversas maneiras, como utilização de ícones designados sob medida, logos de diversos tipos para finalidades diferentes, publicidade on-line padronizada e até mesmo conteúdo de utilidade para o cliente (desta forma utilizando o branding até mesmo através da escrita).
Por essas e outras razões o branding tem se tornado uma prática cada vez mais comum na web e no mundo real. Existem diversos exemplos práticos além do McDonald’s e Coca-Cola. Pizzarias que distribuem imãs com seus telefones, boates que produzem folders todas as semanas com seus logos e com um certo estilo visual e até mesmo aquela padaria que imprime sua marca no saco de pão. Com certeza essas serão as empresas que serão armazenadas no topo da pilha de memórias do consumidor e quando ele precisar de alguma do ramo, você precisa estar em primeiro lugar.
Produzindo Identidade Visual
A Identidade Visual é um conjunto de pequenos fatores que compoem todo o estilo da empresa. Se focarmos na web, podemos definir uma Identidade Visual com facilidade. Tendo em vista objetivos sólidos (“quero modernizar meu site”, por exemplo) partimos para a criação. É esculpida do zero uma imagem que passe as mensagens que o cliente deseja. São feitos Sketches de formatos e cores, propostas de apresentação, formulados estilos de abordagem de conteúdo, tudo de uma maneira integrada, formando uma imagem concisa e imprimindo na mente do usuário a mensagem desejada.
Isto deve ser feito de uma forma integrada por motivos óbvios. É como você vestir um terno e sair falando gírias. A imagem pode não ser ruim, mas não será concisa, correndo o risco de confundir o usuário, ao invés de guiá-lo. Por isso se definimos que o site “irá usar um terno”, também estamos definindo que ele “não usará gírias”, formando uma Identidade. Por outro lado, não quer dizer que não podemos definir que “o site usará bermudão” e, portanto, “usará gírias”, por exemplo.
Uma coisa não se pode ter dúvida, se a empresa deseja reconhecimento e crescimento, o Branding e a Identidade Visual são imprescindíveis.